BACIRO DJA CONSIDERA UM “CRIME POLÍTICO”, REALIZAR ELEIÇÕES GERAIS SEM A PARTICIPAÇÃO DO PAIGC

O presidente da Frente Patriótica de Salvação Nacional(FREPASNA), Baciro Djá, afirmou esta sexta-feira, 24 de outubro de 2025, que realizar eleições gerais, legislativas e presidenciais, na Guiné-Bissau sem a participação do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC)  e o seu líder, é um crime político cometido pelo Supremo Tribunal de Justiça.

Baciro Dja falava aos jornalistas depois do encontro com o líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, na sua residência em Bissau, na qual apelou ao Supremo Tribunal de Justiça a rever a sua posição por uma questão de justiça, coesão e responsabilidade social, porque “o PAIGC dispõe de  maior número de eleitores da Guiné-Bissau”.

“É preciso a participação de todos os partidos, coligações, candidatos e cidadãos no processo eleitoral que se avizinha”, defendeu.

O líder da FREPASNA e candidato às eleições presidenciais de novembro assegurou que ele e Domingos Simões Pereira são os únicos e verdadeiros opositores de Umaro Sissoco Embaló.

“O meu maior  problema  com Sissoco Embaló não é pessoal, é ideológico. De maneira que é uma luta que vai continuar para sempre. Se continuarem a vedar a possibilidades ao Simões Pereira para não participar no escrutínio, sei o que o único candidato opositor ao Umaro Sissoco Embaló”, anunciou.

“Vim aqui visitar o meu irmão mais velho que sempre temos uma relação de cordialidade e trabalhamos juntos num projeto político ambicioso. Desde o congresso de Cacheu, andamos juntos e apoiei-o na segunda volta das eleições presidenciais de 2019, porque sou eternamente do PAIGC”, declarou, afirmando que foi solidarizar-se com Domingos Simões Pereira pela injustiça cometida pelo Supremo Tribunal de Justiça sobre a sua candidatura às eleições de novembro.

“A achei que não pode haver guineenses de primeira, segunda e terceira, porque Domingos Simões Pereira é dos maiores intelectuais políticos que a Guiné-Bissau já produziu, é o presidente do maior partido da África que trouxe independência e a democracia, isso é grave”, criticou.

Questionado se durante o encontro com líder do PAIGC, debruçaram sobre eventual apoio a sua candidatura às eleições de novembro, Baciro Dja disse que pediu-lhe como um irmão, mas compreendeu que Simões Pereira pertence a duas instituições políticas: PAIGC e a Coligação PAI Terra-Ranka que precisam consultar  mas o mais importante neste encontro foi a discussão que tivemos sobre a forma de encontrar soluções para a inclusão da sua candidatura e da Coligação PAI Terra-Ranka no processo eleitoral.

Baciro Dja advertiu que o atual embate político no país prolongar-se-á muito tempo, porque há uma intenção de tentar criar fraude eleitoral alertou que se as pessoas não tomarem medidas preventivas, a Guiné-Bissau entrará numa crise pós-eleitoral.

Por: Aguinaldo Ampa

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