Eleições gerais: PAI-TERRA RANKA E CANDIDATO FERNANDO DIAS ASSINAM ACORDO PRÉ-ELEITORAL

Os Partidos Políticos, Coligações Eleitorais (a Coligação Plataforma Aliança Inclusiva PAI- Terra Ranka e a Aliança Patriótica Inclusiva API Cabas Garandi) da oposição e os candidatos independentes concorrentes às presidenciais de 23 de novembro assinaram este sábado , 01 de novembro de 2025, no primeiro dia da campanha eleitoral, um pré acordo-eleitoral.

‎O acordo, aberto à adesão de outras formações políticas da oposição, prevê “ unir os guineenses para  resgatar  a democracia, a  justiça social e devolver a liberdade ao povo guineense”.

‎O documento  conta com três pontos, nomeadamente estabelecer um compromisso político e  moral entre os candidatos presidenciais, respeito e  a colaboração durante o processo eleitoral focado para derrotar o  candidato Umaro Sissoco Embaló, apoiar o mais votado entre eles par a segunda volta.

‎Os signatários do acordo pretendem  conduzir a campanha eleitoral  com  propósitos construtivos para evitar ataques pessoais ou difamação,  apoiar publicamente e mobilizar os seus eleitores a votarem massivamente  no candidato  mais votado para a segunda volta da mesma aliança.

‎O terceiro  compromisso tem a ver  com  a nação, em que os partidos políticos e coligações eleitorais  reiteram que vão   respeitar as normas  da Constituição  da República, combater a corrupção e respeitar os direitos e deveres fundamentais do povo guineense.

‎O documento  foi assinado  por Domingos Simões Pereira,  presidente do PAIGC e da coligação  PAI-Terra Ranka, os  candidatos  Independentes, Fernando Dias da Costa,  José Mário Vaz, Herculano Biquinsa e  vice-presidente da coligação API Cabas  Garandi,  Jorge Fernandes.

‎De acordo com o documento, as partes signatárias  devem respeitar  as decisões  vindas das estruturas máximas  para defender o interesse dos cidadãos e do país.

‎A propósito, anunciaram que o documento está aberto para  qualquer candidato  que comungue as mesmas ideias de desenvolvimento  social da Guiné-Bissau , respeitando os princípios e valores sociais.

‎Na sua declaração, o candidato independente, Fernando Dias,  denunciou as  manobras para adiar as eleições, sendo uma das razões que levaram a várias detenções  e acusações falsas na Guiné-Bissau.

‎Convidou as Forças Armadas a manterem-se equidistantes da política, apenas  cumprir a missão que lhes é incumbida de garantir a  segurança à população e a integridade  ao Território Nacional.

‎Fernando Dias disse que a unidade é a base da garantia da estabilidade, o que “ infelizmente  não se vive  atualmente  no país” e acusa  Umaro Sissoco  Embaló  de oprimir  a população, durante  o seu mandato,  facto que a sua candidatura e os seus aliados pretendem mudar  depois da vitória  que sairá das urnas a 23 de novembro.

‎Por sua vez, Domingos Simões Pereira  garantiu que o seu sacrifício é  para o bem-estar do povo, justificando que  quer devolver a democracia e as normas constitucionais,  a liberdade e a justiça  ao povo  guineense , razão  pela qual   decidiu apoiar  a candidatura de Fernando Dias,  andar juntos, de novo, com os candidatos que assinaram o pacto com foco e determinação nos objetivos do documento assinado com base na união.

‎”Tudo vai ser respondido na urna e  o ato  é  a afirmação  da identidade, enquanto guineenses,  o não deve  ser utilizado  com força, até  porque o país  não é propriedade  de uma só pessoa, mas sim  de todos os guineenses”, advertiu e   convidou os guineenses  a juntarem-se com o seu grupo para o bem comum. 

‎”Ultimamente as Forças Armadas têm violado as regras e desobedecido as suas obrigações,  sobretudo quando decidem usar a imprensa para  esclarecimentos de  várias  situações, lamentou. 

‎A ocasião serviu para o ex-Presidente da República, José Mário Vaz( JOMAV), assegurar que “não deve existir medo para salvar a democracia”. 

‎”A  democracia deve ser restaurada, porque é do povo,  respeitando a Constituição e de mais leis da República. São  motivos da sua participação  nesse acordo”, sublinhou  e disse que o acordo  assinado “ é  um compromisso que deve ser cumprido,  até porque seremos vencedores das eleições”.

‎Por: Jacimira Segunda Sia

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