Eleições gerais : FERNANDO DIAS DEFENDE QUE O PAÍS PRECISA DE UM RESGATE NACIONAL

O Candidato Independente às eleições presidenciais de 23 de novembro, Fernando Dias da Costa, apoiado pelas duas coligações na oposição guineense, a Plataforma Aliança Inclusiva PAI-Terra Ranka e a Aliança Patriótica Inclusiva – Cabas Garandi, defendeu que a Guiné-Bissau precisa de um impulso e de um resgate Nacional em termos governativos.

‎Fernando Dias disse que, ao longo da vigência do atual regime, o país conheceu um conjunto de violações dos direitos humanos, nomeadamente raptos, espancamentos, desaparecimentos, falta de liberdade, torturas, prisões arbitrárias e assassinatos, “coisas que não aconteciam antes na Guiné-Bissau”.

‎Fernando Dias, que falava aos jornalistas esta quinta-feira, 6 de novembro, depois de uma passeata conjunta pelos bairros de Bissau com o cunho político do PAIGC, da  PAI Terra Ranka,  da API Cabas Garandi e outros partidos políticos que o apoiam, desafiou ex-presidente da República a vir ao público esclarecer todos esses fatos, porque deve explicações ao povo.

‎Convidou o seu adversário Embaló a explicar esses comportamentos, porque “ foi ele que os implantou”, sublinhando que é necessário que Umaro Sissoco Embaló apresente seus planos de desenvolvimento em vez passar tempo a cantar “ Ave Maria”.

‎“O tempo de Avé Maria é extemporâneo. O momento agora é de reconstruir o país que ele estragou. Não pode promover a unidade nacional, porque viola os direitos dos cidadãos, não dá respeito à dignidade humana, como pode ser um Presente da República? Se não conhece esses conceitos?”, questionou.

‎Fernando Dias anunciou aos apoiantes que, em breve, poderá contar com o apoio e integração do candidato independente Siga Batista à sua equipa.

‎”Quando ouço Umaro Sissoco Embaló a dizer que quero o poder, isso suscita em mim muita coisa e entre elas quero dizer uma ao Embaló que dirigir um país não ter nada a ver com a idade, que tem sido um dos seus argumentos de campanha. Entre mim e os presidentes do Burkina Faso e da França quem é mais velho? O próprio Sissoco quando assumiu o país tinha a idade que tenho? Olha, é preciso resgatar este país e salvar o povo”, defendeu.

‎Fernando Dias da Costa disse que a passeata permitiu-lhe compreender que o país não está bem, justificando que nos bairros foram informados das dificuldades, de falta de planos de desenvolvimento e da unidade Nacional.

‎Por sua vez,  Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC  e líder da PAI Terra Ranka, apelou à fiscalização  das urnas  para evitar possíveis  manipulações dos resultados, alertando  que o candidato Dias da Costa tem  a missão  de acabar com a corrupção no país,  devolver  os direitos  e liberdades aos cidadãos,  de acordo com a lei magna da Guiné-Bissau, a Constituição da República.

‎”Com essa missão, devolverá a dignidade da nação que foi roubada pelo atual regime e de igual modo será possível cumprir a promessa feita no passado a respeito de subsidiar as mulheres grávidas na Guiné-Bissau”, reforçou.

‎Para o líder do PAIGC, essa missão não é exclusivamente de Fernando Dias, mas sim de todos que acreditam nesse projeto político.

‎”É a missão de todos nós que estamos envolvidos, de contestar, resgatar a dignidade e respeito, porque devemos nos valorizar e dignificarmo-nos a nós mesmos. É bom que Dias saiba que não estamos a votar nele porque gostamos dele ou porque é mais bonito entre nós, como estamos a ouvir outro a declarar que ele é bonito. As eleições não são um concurso de beleza”, afirmou.

‎Apesar da contestação de alguns dirigentes do PAIGC sobre a decisão do Comité Central em apoiar o candidato independente, Fernando Dias da Costa recebeu na passeata calor de um número significativo de dirigentes do partido, militantes e simpatizantes.

‎Por: Jacimira Segunda Sia

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