Eleições gerais : CANDIDATO MÁRIO DA SILVA JÚNIOR PEDE VOTOS PARA RESGATAR O PAÍS E RENOVAR PARA EVOLUIR 

O Candidato às eleições presidenciais, Mário da Silva Júnior, apoiado pela Organização Cívica da Democracia Esperança Renovada (OCD-ER), pediu aos eleitores e aos guineenses em geral a confiarem no seu projeto político e eleger-lhe como Presidente da República, de formas a poder trabalhar afincadamente na separação e na independência de poderes e na independência da justiça na Guiné-Bissau e acima de tudo para resgatar o país e renovar para evoluir, “porque o país está entregue a um grupo de pessoas que não se interessa pela felicidade do povo, apenas pela felicidade individual, não coletiva”. 

“A Guiné-Bissau foi dirigida pelas mesmas caras há 52 anos sem sinais de desenvolvimento”, criticou o politico na entrevista ao jornal O Democrata para falar do seu projeto político e da mensagem que leva aos guineenses, para de seguida, denunciar que, embora o seu partido tenha reclamado junto da justiça, ainda sim a Organização Cívica da Democracia Esperança Renovada foi impedida, por medo, de concorrer em três círculos, nomeadamente nos círculos eleitorais 21, 5 e 23 (regiões de Cacheu e Oio), “em que o partido trabalhou bastante e criou conexão com o povo”.

Sobre a sua relação com as forças armadas, disse que se o povo for capaz de escutar a mensagem do partido que o suporta nas eleições presidenciais e indicá-lo como Presidente da República terá um relacionamento com as forças de defesa e segurança, enquanto comandante em chefe, por serem, por si, uma estrutura que está acima de vários outros órgãos, devido ao seu papel de defesa da integridade territorial.

Em relação a situação da deterioração do estado de direito democrático no país, disse que o estado de direito democrático na Guiné-Bissau “é apenas uma ilusão”. 

“O povo guineense está a viver numa ilusão de que estamos num Estado democrático”, afirmou, acrescentando, neste particular que “até Amílcar Cabral, fundador da nacionalidade guineense, nunca viveu num estado democrático, embora seja um “brilhante teórico”, que “infelizmente o destino não permitiu desenvolver a sua teoria na prática”.

CANDIDATO DEFENDE A COESÃO SOCIAL, REFORÇO DA UNIDADE NACIONAL E BANIR O DISCURSO DE ÓDIO E DIVISÃO ÉTNICA

O candidato defende que a coesão social, o reforço da unidade nacional e o banir o discurso de ódio, divisão étnica e incitação à violência terá que passar por, primeiro, garantir que todas as famílias tenham regularmente as três refeições diárias indispensáveis e a sua sustentabilidade, porque o país possui uma diversidade étnica muito rica e que nunca foi um problema de convivência na Guiné-Bissau, por causa da fome e erros de “políticos” é que se tornou agora num problema de conflitos constantes. 

Disse que a fome não só é um problema da saúde física, mas também é um problema mental e que está a ter reflexos em vários setores da vida pública do país, nomeadamente no ensino, na saúde e na sociedade em geral.

Questionado qual deve ser o lugar da Guiné-Bissau no contexto regional e internacional, especialmente nas relações com a CEDEAO, a União Africana e a CPLP, Mário da Silva Júnior disse que a Guiné-Bissau é um caso singular que, ao nível da região, conquistou a sua independência por mérito e valentia do seu povo e que lhe dói, enquanto guineense, tanto vê-la agora a pedir esmola até à CEDEAO, instituição que ajudou a criar como pai.

Político que se revê em três palavras, “resgatar o país e renovar para evoluir”, alertou que se for eleito Presidente da República, a Guiné-Bissau não seguirá nenhum país africano, apenas retomará o seu papel de líder para liderar a África, porque foi capaz de dar independências a Cabo Verde, a Angola, a Moçambique, a São Tomé e Príncipe e porque também muitos países da África se inspiraram no modelo da luta armada da Guiné-Bissau.

“Temos que investir na agricultura e em setores chaves para impulsionar o desenvolvimento. Somos, em África, um pequeno gigante que não precisa seguir passos de ninguém”, afirmou Mário da Silva Júnior e disse que, quando foi questionado sobre a atuação do Presidente cessante, não lhe cabe fazer nenhuma avaliação, apenas o povo tem a palavra e é a única entidade que tem agora o caderno de avaliação em mãos, porque votou em 2019 e volta às urnas a 23 de novembro.

Relativamente à sua política às crescentes preocupações como terrorismo e o jihadismo na sub-região, disse que, apesar de existirem “muitos bandidos” no país, a Guiné-Bissau, felizmente, ainda não conheceu casos de grandes alarmismos, ainda assim defendeu que é necessário equipar as Forças Armadas, que também devem estar em estado de alerta constante para eventuais ameaças dessa natureza com a presença desses grupos no país, admitindo que as forças armadas não estão preparadas e que tudo deve começar já e agora.

Mário da Silva Júnior, que se assume como “candidato da verdadeira mudança” na Guiné-Bissau, disse que é preciso trabalhar, com rigor, na componente de capacitação das forças de defesa e segurança para lidarem com vários fenómenos no país, nomeadamente crime organizado e o tráfico de drogas e transfronteiriço que têm afetado a estabilidade do país, para se prevenir de esses e de outros eventuais fenómenos que possam surgir.

“POVO GUINEENSE ESTÁ A VIVER NUMA ILUSÃO DE QUE ESTAMOS NUM ESTADO DEMOCRÁTICO” 

O candidato às eleições presidenciais de 23 de novembro de 2025, Mário da Silva Júnior, apoiado pela OCD-ER, admitiu que a Guiné-Bissau não tem instituições democráticas.

“É apenas uma ilusão. O povo guineense está a viver numa ilusão de que estamos num Estado democrático”, afirmou.

Mário da Silva Júnior frisou que a Guiné-Bissau nunca teve a democracia e nunca a viveu, tendo sublinhado que, na abertura democrática, falou-se muita coisa à volta da democracia, mas nunca o estado democrático esteve presente nos ideais dos partidos políticos, nem dos políticos do país.

O candidato disse ser apologista das correntes que defendem que “não se pode dar a alguém o que não tem e não sabe como funciona”, numa clara referência à democracia que disse ter sido imposta à Guiné-Bissau e aos africanos, indicando que o ex-Presidente da República, João Bernardo Vieira” Nino”, nunca viveu num estado democrático.

“Viveu apenas num Estado duro, porque teve parte da luta toda na Guiné-Conacri”, disse.

Segundo Mário da Silva Júnior, até Amílcar Cabral, fundador da nacionalidade guineense, nunca viveu num estado democrático, embora seja um “brilhante teórico”, que “infelizmente o destino não permitiu desenvolver a sua teoria na prática”.

Afirmou que num país em que a separação de poderes não existe, a justiça que deveria estar no primeiro plano é inexistente, só pode ser uma ilusão dizer que a Guiné-Bissau é um Estado democrático, por isso o partido que lidera escolheu três palavras para transmitir a sua mensagem ao povo: Ordem, Disciplina e Justiça.

Mário da Silva Júnior disse que a Guiné-Bissau pode ser tudo menos um Estado democrático, por ser um país que promove a corrupção, a impunidade e cheio de ladrões, sustentando que “até a justiça tradicional dos régulos antigos funcionava melhor que essa justiça convencional de hoje” e afirmou que se for eleito Presidente da República vai trabalhar para acabar com a corrupção, mas será necessário que os eleitores façam uma escolha certa nestas eleições que considerou “umas eleições mais importantes do país”, se o povo quer realmente que sejam operadas mudanças na Guiné-Bissau.

“É PRECISO TRABALHAR PARA RESGATAR O PAÍS E RENOVAR PARA EVOLUIR”

Segundo a sua teoria política, para garantir a separação e a independência de poderes e a independência da justiça no país, anunciou que vai trabalhar para resgatar o país e renovar para evoluir, porque o país está entregue a um grupo de pessoas que não se interessa pela felicidade do povo, apenas pela felicidade individual, não coletiva.

Criticou o fato de a Guiné-Bissau ter sido dirigida por mesmas caras há 52 anos sem sinais de desenvolvimento e denunciou que, embora o partido tenha reclamado junto da justiça, ainda sim a Organização Cívica da Democracia Esperança Renovada foi impedida, por medo, de concorrer em três círculos, nomeadamente nos círculos eleitorais 21, 5 e 23, “em que o partido trabalhou bastante e criou conexão com o povo”.

“O partido não podia ter reclamado mais do que tinha feito, se o Tribunal fechou as suas portas. O Supremo Tribunal de Justiça, que funciona na veste do Tribunal Constitucional, fechou as portas ao partido, quando podia notificar para permitir que corrigíssemos eventuais irregularidades ou falhas e é o que esta lei, mas não fê-lo. Um tribunal não pode funcionar, favorecer uns e penalizar outros, não. A lei não é capricho de ninguém. As leis são ratificadas quando não vão ao encontro da vontade coletiva”, criticou.

Mário da Silva Júnior defendeu, neste particular, que é urgente adotar medidas rígidas para acabar com “grupos” de ladrões no país, porque “há muita cumplicidade na Guiné-Bissau” e que os piores ladrões são pais, amigos, cunhados, irmãos, tios, tias, filhos, primos que escondem os corruptos e ladrões dentro da família, na sociedade e até nas instituições públicas.

“Uma pessoa nasce na zona rural, não herda nada de ninguém, prédios casas em Portugal e de repente começa a erguer prédios e a comprar casas em Lisboa. Conheço pessoas que em 2019, quando vim acompanhar as eleições, eram pobres e hoje são bilionárias. Que indústrias ou atividades lícitas podem render tanto dinheiro a alguém que em pouco tempo se torna bilionária, senão fossem produtos de desvios?”, questionou.

Disse que a situação de corrupção na Guiné-Bissau é muito preocupante, razão pela qual se for eleito Presidente da República a 23 de novembro colocará ponto final ao desvio de fundos do Estado e a utilização indevida de dinheiro de impostos dos cidadãos. Também prometeu confiscar bens de todo e qualquer cidadão ou dirigente político que tirar dinheiro da Guiné-Bissau para fora ou esconder dinheiro na conta de outrem ou de amigos… serão confiscados e canalizado o dinheiro para o país, através de mecanismos legais.

Neste sentido, afirmou que, no âmbito do seu projeto político voltado ao combate à corrupção e ao desvio de fundos públicos, uma das suas prioridades será a reinstalação do Banco Nacional na Guiné-Bissau, porque há no país um grupo de estrangeiros com poder económico que está a amassar grande quantidade de dinheiro, mas não é depositado no Banco e até não pagam impostos dos valores acumulados.

Para Mário da Silva Júnior, essa falta de visão dos sucessivos “cegos, mudos e surdos” deste país é “uma doença nacional”, lembrando que a Guiné-Bissau foi fundada para ser um país autossuficiente, não pedinte que coloca a cabeça no travesseiro da comunidade internacional e das entidades financeiras internacionais para pedir esmola.

Na sua mensagem aos potenciais eleitores e aos cidadãos da Guiné-Bissau, apontou as eleições gerais deste ano como uma oportunidade soberana para operar mudanças em vários setores e eleger os verdadeiros filhos da Guiné para conduzir o seu destino e disse que a única aposta do povo deve ser o candidato Nº 09, Mário da Silva Júnior, um candidato “limpíssimo e íntegro”, sem nenhum cadastro criminal.  

Por: Filomeno Sambú 

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