O Diretor Nacional Adjunto do Programa Alimentar Mundial (PAM), Mahamane Badamassi, anunciou a implementação da Primeira Estratégia Nacional para a Redução dos Riscos de Desastres, no quadro do projeto assistência alimentar.
O projeto inclui o sistema de alerta precoce e medidas antecipadas, antes de ocorrerem desastres.
Mahamane Badamassi, que falava esta quinta-feira, 20 de novembro, na cerimónia de lançamento do projeto Japão em Mansoa, afirmou que o projeto não tratará apenas de assistência imediata a população sobre a segurança alimentar, mas também preparar o país para o futuro, com o objetivo de restaurar a dignidade das famílias vulneráveis, melhorar a segurança alimentar e fortalecer a resiliência aos choques climáticos.
O Diretor Nacional Adjunto de PAM disse que o projeto beneficiará 2000 pessoas das regiões de Oio e Tombali, que tiveram problemas de inundação das bolanhas no ano agrícola de 2024, causada pelas chuvas, com o financiamento do governo do Japão.
No seu discurso, disse que a Guiné-Bissau é o quinto país do mundo mais vulnerável aos choques climáticos com seguintes impactos: as chuvas fortes causando as inundações e o calor intenso estão a dificultar a produção de alimentos, afetando a saúde e a forma como as famílias vivem.
Informou que, no início do ano, forneceram assistência monetária a mais de 6000 famílias afetadas pelas inundações, num total de 744 milhões de francos cfa mobilizados no âmbito da resposta conjunta do governo da Guiné-Bissau e das Nações Unidas, permitindo que as famílias enfrentassem os tempos difíceis.
”2000 pessoas nas regiões de Oio e Tombali terão acesso aos alimentos nutritivos mediante uma senha. 14.000 pessoas beneficiarão indiretamente dessa assistência, além disso 150 grávidas e em regime de aleitamento já foram identificadas e registadas a partir de centros de saúde localizados na região de Oio, para assistência monetária, com a finalidade de apoiar nas consultas, alimentação durante a gravidez e pós parto, informou.
Lembrou, neste particular, que m 2024, choques climáticos fizeram com que 96 milhões de pessoas no mundo não tivessem comida suficiente para se alimentar todos os dias, representando um aumento de 33 porcento em relação ao ano anterior.
”Precisamos de mais financiamento climático e implementação rápida do fundo para perdas e danos para um sistema alimentar resiliente no centro das estratégias globais”, frisou.
Por seu turno, o diretor-geral da Inclusão e Solidariedade Social, Carlos Tipote, afirmou que o Governo estará disponível para colaborar com os parceiros no sentido de apoiar a população.
“É verdade que não pediram esmola para conseguir esse apoio, mas foi porque as vossas bolanhas foram inundadas pelas chuvas. Com certeza que na vossa colheita, poderiam tirar mais quantidade do que estão a receber agora do PAM, mas foi o máximo conseguido para apoiar “, sublinhou.
Na sua intervenção, o administrador do setor de Mansoa, Aliu Culubali, agradeceu o gesto e disse que a região enfrenta um problema sério de inundação há vários anos e a administração local não tem meios para responder às necessidades relativamente a situação.
Em representação dos beneficiários, Aminata Seide disse que ficou satisfeita com o apoio recebido do PAM e espera que o apoio anunciado no mês passado chegue aos destinatários, até uma senha.
”O donativo recebido está de acordo com os produtos e quantidades anunciadas na senha que tínhamos recebido antes. Os produtos recebidos serão utilizados para Alimentação das nossas famílias .Tenho uma família de mais de onze membros. Embora a bolanha tenha sido inundada, esse apoio fará muita diferença”, admitiu.
De salientar que todos os beneficiários levantaram os seus produtos alimentícios através de uma senha de recenseamento no qual cada pessoa registada levou 125 quilogramas de arroz, de batata doce, dois tabuleiros de ovos, feijão, peixe, óleo alimentar e frutas.
Por: Jacimira Segunda Sia



















