Luta Livre: GUINÉ-BISSAU AMBICIONA CONQUISTAR QUATRO MEDALHAS NO CAMPEONATO AFRICANO DA ÁFRICA OCIDENTAL

A Guiné-Bissau vai participar no Campeonato Africano de Luta Livre da África Ocidental do dia 23 a 30 de novembro no Benin, com a “ambição” de conquistar quatro medalhas nesta prova que juntará atletas da sub-região, incluindo o tricampeão africano na categoria de 57 kg, o guineense, Diamantino Luna Fafé.

Para além de Luna Fafé, considerado uma das grandes figuras desta competição, a comitiva da Guiné-Bissau terá ainda mais quatro atletas de luta livre na prova que arranca no próximo domingo no Benin. Trata-se de Wotna Cana Ndoc, de 65kg, Caetano António Sá, de 74kg, Gino Intchala, de 97 kg e Aminata Manuel Imbundé, de 60 kg.

“O NOSSO OBJETIVO É GARANTIR NO MÍNIMO QUATRO MEDALHAS”

A informação foi transmitida ao Jornal O Democrata, pelo presidente da Federação de Luta Livre da Guiné-Bissau (FLGB), João Bernardino Soares da Gama, com o propósito de anunciar mais uma participação dos atletas guineenses nesta competição, que tem dado muito alegria aos guineenses há vários anos.

“Estamos a preparar a nossa participação no Campeonato Africano de Luta Livre a nível da África Ocidental, que decorrerá do dia 23 a 30 deste mês de novembro na cidade de Uidá, Benin, com os mesmos os atletas que participaram no último Campeonato Africano da modalidade, que decorreu de 28 de abril a 4 de maio de 2025 em Casablanca, Marrocos”, disse.   

“Tudo indica que no dia 22 de novembro a caravana nacional deixará o país com o destino a Benin para representar a Guiné-Bissau nesta competição só para os atletas da África Ocidental”, declarou João Bernardino Soares da Gama.

Otimista para mais uma participação nestas competições internacionais de luta livre, Bernardino Soares da Gama garantiu à reportagem de O Democrata que a Guiné-Bissau vai disputar nesta prova com a “ambição” de conquistar quatro medalhas, embora não especificou de concreto se é ouro, bronze ou prata.

“Estamos habituados a trazer bons resultados para o país e a nossa última participação no Campeonato Africano resultou na conquista de quatro medalhas. Por isso, o nosso objetivo é garantir no mínimo quatro medalhas no Campeonato Africano de Luta Livre da sub-região, uma vez que se trata de uma competição onde os nossos atletas apareceram como destaque na página da Federação Internacional de Luta, devido ao seu posicionamento no ranking Africano e Mundial”, acrescentou.    

Apesar do seu otimismo em relação aos atletas da Guiné-Bissau, o líder desta instituição federativa que tem trazido muitas medalhas para o país, lembrou que existem muitos países da sub-região que têm atletas com muita qualidade nesta prova.

“Sabemos que não será uma tarefa fácil, mas não deixaremos de definir os nossos objetivos, que passam pela conquista das medalhas para a Guiné-Bissau”, afirmou Soares da Gama.

Relativamente às condições financeiras, Bernardino Soares da Gama assegura que o executivo desta vez conseguiu disponibilizar os fundos que permitirão a participação da Guiné-Bissau na competição que vai decorrer durante oito dias no Benin.

A caravana nacional foi composta por 12 pessoas, incluindo atletas e dirigentes da instituição federativa nacional.

Importa salientar que no último Campeonato Africano da modalidade, que decorreu de 28 de abril a 4 de maio de 2025 em Casablanca, Marrocos, a Guiné-Bissau conquistou para além da medalha de ouro de Diamantino Luna Fafé, mais três medalhas. Duas de bronze e uma de prata.

As duas medalhas de bronze foram conquistadas pelos atletas Wotna Cana Ndoc, de 65kg e Caetano António Sá, de 74kg. A única medalha de prata foi conquistada pelo lutador Gino Intchala, de 97kg.

A Guiné-Bissau tem participado em diferentes competições desportivas internacionais, mas a Luta Livre é única modalidade que tem conseguido alcançar vitórias, trazendo medalhas para a nação guineense ao longo dos anos. Apesar destas proezas, a Federação de Luta e os seus atletas sentem-se abandonados pelas autoridades, principalmente o executivo.

A FLGB é considerada o “cartão de visita” da Guiné-Bissau, uma vez que consegue participar em todas as competições internacionais, nomeadamente no Campeonato da África, no Mundial e nos Jogos Olímpicos e o organismo que tutela a modalidade tem defendido que é imperativo as autoridades apoiarem a modalidade.

Por: Alison Cabral

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