COMUNICAÇÃO À NAÇÃO DO PRESIDENTE JOSÉ MÁRIO VAZ – 12 DE AGOSTO 2015

Caros compatriotas,

O nosso país volta a viver momentos dramáticos, marcados por uma grave crise política e institucional.

Alguns titulares de órgãos da soberania perderam a serenidade e o discernimento indispensáveis a uma sã convivência inter-institucional.

Algumas instituições representativas da democracia perderam a moderação e atingiram o cúmulo do insulto.

Caros Compatriotas

Em Abril de 2012, a nossa caminhada democrática foi interrompida, tendo o país entrado num período de transição política, que veio a durar pouco mais de dois anos.

Compromissos políticos internos, conjugados com a assistência e apoio dos nossos parceiros de desenvolvimento, permitiram o retorno gradual e progressivo à normalidade constitucional através de eleições gerais.

Na observância da constituição, tendo em conta os resultados eleitorais, nomeei e dei posse a um Primeiro-Ministro, tendo acto contínuo, nomeado e dado posse a um elenco governamental por ele proposto.

Embora na altura com reservas sobre a assertividade das opções nele contidas para a prossecução do ambicioso Programa Eleitoral capaz de transformar o nosso país como era o desejo de todo o guineense, entendi à data, que devia dar ao Chefe do Governo o merecido benefício de dúvida, pelo que não alterei, em uma única vírgula, a proposta que o Primeiro-Ministro me apresentou, como aliás tive oportunidade de tornar público no cerimonial de posse ao Executivo.

Caros compatriotas,

Cedo nos apercebemos da dificuldade de relacionamento institucional, mas estávamos ambos cientes da necessidade de encontrarmos mecanismos para os ultrapassar, por forma a melhor corresponder às expectativas do povo guineense.

Foram diversos os casos e episódios em que a nossa capacidade de encontrar soluções para coabitação institucional foi posta em causa. Para elencar apenas alguns, desde logo:

  1. A substituição da Chefia do Estado Maior General das Forças Armadas;
  1. O fecho da fronteira com vizinha República irmã da Guiné-Conacri;
  1. O incidente com os Rebeldes de Casamansa (que conduziu ao pedido de demissão do Ministro da Administração Interna);
  1. A continuação da exploração desenfreada dos recursos naturais e, em particular, as areias pesadas de Varela;
  1. Corte abusivo de árvores;
  1. Delapidação dos recursos pesqueiros;
  1. Implementação de um programa agrícola Mão-Na-Lama;
  1. Audiências com ministros (sujeitas a autorização prévia do Primeiro Ministro);
  1. Omissão do dever de informação sobre a condução dos assuntos da Governação;
  1. Corrupção, peculato, nepotismo e outros crimes económicos no exercício de funções públicas;
  1. Falta de transparência na adjudicação de contratos públicos, entre outros.

A minha inconformação em relação a questões que considerava importantes para a estabilidade política, segurança nacional e gestão transparente da coisa pública foi objecto de pronunciamento público em diferentes ocasiões, nunca foram tidos em consideração e nem objecto de qualquer discussão privada.

É verdade que a exteriorização do meu pensamento e posicionamento político nem sempre mereceu aplausos pela forma e contexto em que os fazia, surgindo algumas vozes aconselhando que os meus convites à reflexão, à inconformação sobre o status quo poderiam ter resultados mais eficazes, caso fossem antes manifestados em contexto de maior reserva institucional.

Tive em conta essa e outras observações, em especial o Comunicado de Imprensa do Movimento da Sociedade Civil, de 17 de Junho de 2015, através do qual apelavam aos titulares dos órgãos de soberania “a maior contenção na abordagem pública dos assuntos do Estado, com reserva de tratamento dos mais delicados e sensíveis para os fóruns próprios”, bem como “Exortar a adequação dos actos dos titulares dos órgãos públicos às competências constitucionais”.

No dia 4 de Julho passado, dirigi uma Mensagem à Nação e à ANP, tendo na ocasião apelado a toda a Nação guineenses «no sentido de darmos uma oportunidade sincera à serenidade, à contenção e, sobretudo, ao trabalho, pautando as nossas condutas no estrito respeito pelas normas que regem a nossa sociedade».

Na ocasião, também tive a oportunidade de alertar que «(…) o ambiente institucional em que (…) vivemos, se não tivesse sido gerido com maturidade e elevado sentido de Estado, poderia ter degenerado numa grave crise política, susceptível de pôr em causa o regular funcionamento das instituições, que forçaria o Presidente a adoptar medidas correctivas, sob pena de omissão do seu dever e compromisso constitucional de garantir o regular funcionamento das instituições que perante vós assumi no acto da tomada de posse ».

Em resposta, logo no dia seguinte e na sequência da Minha Mensagem à Nação (bem acolhida por toda a população e comunidade internacional) o Senhor Primeiro-Ministro entendeu oportuno, num encontro no INEP desdenhar o espírito reconciliador e apaziguador com claro intuito de subestimar, uma vez mais, profundidade da mensagem contida nessa alocução.

Com muita tristeza, constatamos, através de posteriores pronunciamentos que alguns titulares de órgãos de soberania não tinham absorvido a nossa mensagem. O nosso repto foi simplesmente ignorado.

Caros compatriotas,

 

Confrontado com mais um elemento susceptível de dificultar o normal funcionamento das instituições – falo da proposta de remodelação governamental que o Senhor Primeiro Ministro me submeteu para apreciação – decidi, em atenção à sugestão da sociedade civil e na lógica de um diálogo interinstitucional transparente, partilhar com o Senhor Presidente da ANP, algumas preocupações relacionadas com a proposta tendo em vista a credibilização do Executivo.

Depois de tomar conhecimento da proposta de remodelação, o Presidente da ANP manifestou uma indescritível indignação não só pelo seu teor, mas sobretudo pelo facto do Primeiro-Ministro, conforme o próprio, não lhe ter dado conhecimento prévio da proposta nem ter respeitado o acordo que estabeleceram para a partilha de pastas. Face à sua ira, sugeri que voltássemos a discutir o assunto da remodelação num outro momento.

No segundo encontro que tivemos, a que assistiu o meu Ministro-Director do Gabinete (por sugestão do Presidente da Assembleia Nacional Popular), não me limitei apenas a transmitir-lhe que não estava em condições de viabilizar a proposta de remodelação, como também lhe transmiti a minha preocupação do relacionamento do Executivo com o poder judicial, bem como as dificuldades de relacionamento institucional com o Senhor Primeiro-Ministro e que as mesmas estavam a pôr em causa o regular funcionamento das instituições, o que poderia minar as condições de realização das nossas aspirações de desenvolvimento.

Na ocasião, apresentei ainda ao Presidente da Assembleia Nacional Popular três soluções constitucionais para ultrapassar a crise, a saber:

  1. Dissolução da Assembleia Nacional Popular;
  1. Demissão do Governo, convidando o PAIGC, enquanto partido vencedor das eleições, para indicar nome para ser nomeado novo Primeiro-Ministro;
  1. Manter o actual Primeiro-Ministro e proceder a uma remodelação profunda do Governo, por forma a torná-lo credível.

Disse-lhe que iria consultar as forças vivas da Nação (sociedade civil, partidos políticos com e sem assento parlamentar, Conselho de Estado) e a Comunidade Internacional sobre essas três possíveis soluções para saída da crise política, sem lhe ocultar o nível de confiança entre nós existente marcado por conflitos institucionais recorrentes, não obstante os esforços que ambos temos estado a fazer ao longo de mais um ano para os ultrapassar.

Portanto, foi um diálogo mantido em audiência oficial, com carácter de reserva, no sentido da busca de soluções. Nunca lhe disse, em nenhum momento, que tinha tomado a decisão de demitir o Primeiro-Ministro.

É ainda verdade que o Presidente da Assembleia Nacional Popular ligou-me a pedir que lhe recebesse com o Primeiro-Ministro. Antes de os receber, precisava entender o que motivou a tão brusca mudança de comportamento do Presidente da Assembleia Nacional Popular em relação ao Primeiro-Ministro.

Reitero que não é verdade que tenha dito ao Presidente da ANP que já tinha tomado a decisão de demitir o Primeiro-Ministro!

Foi esta pequena mentira que foi associada a um panfleto anónimo que estranha e curiosamente, como por magia apareceu na Assembleia Nacional Popular no justo e exacto momento em que o Presidente da ANP iria anunciar aos Deputados da Nação que acabava de ter conhecimento que o Presidente da República ia demitir o Governo.

Acto contínuo, foi convocado um debate de urgência de um órgão de soberania, a ANP, para discutir o conteúdo do panfleto, sobretudo querendo transformar o conteúdo do mesmo numa grande verdade. Todo este circo mediático na Augusta casa do povo, mereceu ampla cobertura pelos órgãos públicos de comunicação social, sendo transmitido em directo na Radiodifusão Nacional e, em diferido na Televisão pública, de manhã, tarde e noite.

Como diz o ditado “Uma pequena mentira, repetida mil vezes transforma-se em grande verdade”!

 Caros compatriotas,

Enquanto primeiro magistrado da nação, entendi por acertado, no fórum próprio, partilhar com a segunda figura na hierarquia do nosso Estado, o Presidente da ANP, as minhas dificuldades de relacionamento institucional com o Primeiro-Ministro. Reconheço e lamento ter ingenuamente acreditado que ele poderia, enquanto máximo titular do poder legislativo, pessoa presumivelmente responsável e com sentido de Estado, servir de ponte e facilitador na busca de uma solução para a crise política.

Ao invés disso, o Presidente da ANP, enquanto “homem de Estado”, entendeu que o melhor serviço que poderia prestar à Nação, ao Estado guineense e às suas instituições, era quebrar o dever de sigilo e reserva que a função lhe impõe e decide revelar e adulterar aos Deputados o conteúdo e espírito da conversa mantida com o Chefe de Estado, nos microfones da rádio e nos ecrãs de televisão,

Compreendo que não tenha passado pela cabeça de ninguém, principalmente dos Deputados da Nação, que o Presidente da Assembleia Nacional Popular pudesse faltar à verdade de forma tão descarada.

Este insólito acontecimento de induzir os Deputados da Nação em erro sobre o teor e finalidade da audiência, e em consequência induzir igualmente em erro alguma franja da nossa sociedade, teve como resultado o início de uma escalada de excesso de linguagem contra a pessoa, a dignidade, a honra e a reputação do Presidente da República.

A conduta do Presidente da Assembleia Nacional Popular é de uma irresponsabilidade sem precedentes na história da nossa democracia e das instituições do Estado, que nem uma inconfessável agenda política de me levar a demitir o governo e provocarem/instigarem um caos social forçando eleições presidenciais antecipadas, assegurando o Presidente da ANP a Presidência interina do Estado, consegue explicar.

Quando a República atinge extremos como os momentos dramáticos dos últimos dias, com a agravante de se tentar conduzir o poder de forma irresponsável para a rua, os fundamentos do nosso Estado de Direito Democrático vêem-se seriamente ameaçados.

 O poder pertence ao povo, mas não é para ser exercido na rua. O poder do Povo é exercido pelo Estado através das suas instituições democraticamente eleitas. Enquanto Chefe Estado, cabe-me a responsabilidade última de garantir a preservação da dignidade do Estado, bem como o normal funcionamento das instituições da República.

Caros compatriotas,

No dia 06 do corrente mês, através de uma comunicação à nação, o Senhor Primeiro-Ministro veio reconhecer que o país está perante uma “crise institucional”, que “as dificuldades de relacionamento institucional entre o Primeiro-Ministro e o Presidente da República, já há muito são do domínio público”, e que “tentativas várias foram feitas (…) visando ultrapassar essas dificuldades”, concluindo a existência, por parte do Presidente da República e Chefe do Estado “uma falta grosseira de ponderação (…) para além de um rude e traiçoeiro golpe à esperança”, ameaçando com “responsabilização política e judicial”, fim de citação.

Muito sinceramente, a falta de serenidade e prudência revelada na comunicação do Senhor Primeiro-Ministro, sem antes cuidar de ouvir a versão do Presidente da República sobre as alegações do Presidente da Assembleia Nacional Popular, faz com que, se as condições de normal funcionamento das instituições, já de si difíceis, tornaram-se praticamente impossíveis.

Muito nos pasma que, volvidos menos de uma semana, depois destas e de outras declarações, venha agora o mesmo Primeiro-Ministro dizer que não existe uma crise política, muito menos grave, que seja susceptível de por em causa o normal funcionamento das instituições.

Mas voltemos à comunicação do Senhor Primeiro-Ministro à Nação. Entende o Chefe do Governo que “são tidos como pontos prevalecentes de discórdia” com o Presidente da República, os seguintes:

  1. Gestão de recursos da Mesa redonda;
  2. Os Membros do Governo sobre os quais pendem suspeitas de crime;
  3. A inclusão no Governo de elementos próximos ao Presidente da República;
  4. O regresso ao país do Vice-almirante José Zamora Induta.

Quanto à Mesa Redonda, nunca manifestei e nem podia manifestar, pela natureza das minhas funções, qualquer intenção de ter uma participação activa na gestão dos fundos dela resultante, mas estranhei a circunstância do Primeiro-Ministro, nunca ter discutido, com seriedade ou informado o Presidente da República à estratégia ou modelo de gestão dos eventuais apoios a receber dos nossos parceiros.

Contudo, em duas ocasiões em que fui chamado a intervir deixei claro, em nome da transparência, que haveria a necessidade de se realizar um encontro nacional, para informar dos resultados obtidos, sua distribuição em doações e empréstimos (concessionais e não concessionais) e em que condições de juros. Mais uma vez, não fui ouvido.

No que concerne aos membros do Governo suspeitos/arguidos em processo-crime, ressalta, de forma evidente, que:

  1. Ou o Senhor Procurador-Geral da República faltou à verdade ao Senhor Primeiro-Ministro na conversa que este diz terem tido sobre os membros suspeitos/arguidos em processo-crime;
  1. Ou o Senhor Primeiro Ministro está a faltar à verdade a Nação.

Caros compatriotas,

No balanço do primeiro ano de Governação o Senhor Primeiro-Ministro referiu 12 membros do Governo alegadamente envolvidos em problemas com a justiça.

Na já referida comunicação à Nação, o Senhor Primeiro-Ministro diz que “foi colhida informação sobre os processos judiciais em curso, o que permitiu a exclusão da lista proposta, dos passíveis de acusação”.

Na versão do mesmo em crioulo, o Primeiro-Ministro reitera que “pediu ao Presidente da ANP para facilitar o encontro com o Procurador-Geral da República para que este possa informá-los dos nomes dos membros do Governo com situações pendentes na Justiça, para que de facto, não fossem incluídos na proposta de remodelação, o que aconteceu. Foram assim excluídos da lista de remodelação os membros do governo com situações pendentes na justiça, mesmo estando seus processos simplesmente na fase de instrução”, fim de citação.

Na proposta de remodelação apresentada pelo Senhor Primeiro Ministro apenas deixam o Executivo 4 membros, presumindo-se serem, segundo as informações recolhidas pelo Primeiro-Ministro e da conversa resultante com o Procurador-Geral da República, os que estariam envolvidos com a justiça.

Ora, é do conhecimento público que a lista de membros do governo abraços com a justiça, infelizmente, não se limita ao número que o Senhor Primeiro Ministro me propôs tirar do Executivo. Há outros membros do actual Governo que o Primeiro-Ministro não propôs a sua substituição, por razões que só ele pode explicar, embora seja do domínio público que não só foram constituídos arguidos, com também alguns já tem acusação definitiva pelos crimes que estavam a ser investigados e apenas aguardam marcação de data de julgamento. Não me cabe a mim relembrar esses nomes ao Senhor Primeiro Ministro e muito menos ao Povo guineense.

O Presidente da República não tem competência para propôr nomes, apenas tem competência para aceitar ou rejeitar os nomes que o Senhor Primeiro-Ministro, no seu critério de preenchimento de condições para o exercício do cargo, entender apresentar para consideração do Chefe de Estado.

No que respeita à integração de pessoas próximas ao Presidente da República no Governo, como o próprio aliás reconheceu, nunca solicitei que fizesse com nenhum dos membros do meu Gabinete. Contudo, o Senhor Primeiro Ministro integrou na proposta de remodelação, um membro do meu Gabinete sem me dizer quem era e ao que parece sem consultar a pessoa em questão. A ser verdade, o que pretendia o Primeiro-Ministro conseguir com essa proposta?

Por fim, no que diz respeito à vinda do Vice-Almirante, por se tratar de matéria de natureza de segurança interna, limito-me a esclarecer que o Primeiro-Ministro nunca me informou da sua vinda e que nunca falei com o Oficial General em questão, conforme alega o Senhor Primeiro-Ministro. Este assunto vai ser objecto de tratamento adequado em sede de Conselho Superior de Defesa Nacional, no qual serão sacadas todas as responsabilidades.

Caros compatriotas,

Enquanto Chefe Estado, se o custo da estabilidade governativa é a corrupção, o nepotismo, o peculato, saibam que considero esse custo demasiado elevado para ser pago.

Enquanto Chefe Estado, se o custo da estabilidade governativa é a chantagem da instabilidade, fazer vergar as instituições da República perante uma pessoa, saibam que considero esse preço demasiado elevado para ser pago.

Como sempre afirmei, a estabilidade é consequência de instituições fortes e perenes, pelo que ninguém pode pretender ser maior do que as instituições do Estado a ponto de querer condicionar e diabolizar o exercício de prorrogativas constitucionais do Presidente da República.

Entendo que o apego ao lugar, a protecção de interesses instalados não pode justificar o apelo à violência, o incitamento dos jovens a virem para a rua manifestar-se, para garantir a manutenção de regalias e privilégios de alguns.

Caros compatriotas,

Uma das soluções possíveis é proceder-se a uma remodelação profunda do Executivo. Diz-se que o Primeiro-Ministro está disposto a fazê-la. Ou seja, em princípio, todos os membros do Governo são substituíveis, nomeadamente os que têm processos-crime, à excepção do seu Chefe.

Mesmo que todos os membros do Governo fossem substituídos, ainda assim, a grave crise política que põe em causa o regular funcionamento das instituições não seria provavelmente ultrapassada, na medida em que a questão substantiva é a quebra mútua da relação de confiança com o próprio Primeiro-Ministro.

O resultado eleitoral do PAIGC é somatório do esforço de todos os seus simpatizantes, militantes e dirigentes. A vitória nas eleições deve-se à força do Partido, à dedicação e empenho pessoal de cada um dos Deputados nos respectivos círculos. Assim, sendo a vitória do PAIGC é a este que pertence o direito de governar, não podendo esse direito ser pessoalizado ou privatizado por um grupo de interesses instalado no seio do Partido, ao ponto de se amaçar a paz social, ameaçar fazer o país mergulhar num caos e conduzi-lo a uma guerra civil, caso as instituições do Estado não se declinem perante a pessoa do Senhor Primeiro Ministro.

Caros compatriotas,

Esta crise revelou que vivíamos numa hipocrisia institucional com a qual não consigo coabitar. Não é intelectualmente honesto fingir não existir uma crise política.

A instabilidade política não é uma consequência necessária da demissão de um Primeiro-Ministro. A instabilidade é um desejo que alguns podem tentar materializar por lhes ter sido retirado os privilégios e regalias associados à função. É uma opção que cada um de nós tem que fazer, ou seja incendiarmos o país através de uma política de terra queimada, simplesmente porque uma pessoa deixou de ser Primeiro-Ministro e o partido que ganhou as eleições ser convidado a indicar alguém para Chefiar um governo para executar o programa eleitoral que apresentou ao Povo guineense.

Todo este alarido visa, por um lado, desviar a atenção e manipular a opinião dos guineenses, face a real situação difícil e incomportável que o nosso povo vem sofrendo e por outro, distrair o poder judicial.

Caros compatriotas,

Na administração pública o Estado não funciona, e em vez de reduzir o número de funcionários, conforme previsto no quadro da reforma da administração pública, tem se verificado um aumento significativo e sem necessidade, numa clara lógica de «job for the boy». Trabalha-se 3 ou 4 horas por dia, apesar de vários apelos que fiz e que não foram tidos em conta. O Senhor Primeiro-Ministro, apesar de reconhecer que existe um problema de absentismo e produtividade na função pública, considera no entanto que não podia fazer plantão nos ministérios.

Na sequência da minha Mensagem à Nação e à ANP, bem acolhida por quase toda a população e a Comunidade Internacional, o Primeiro-Ministro, logo no dia seguinte, no acto de avaliação do primeiro ano do Governo, optou por desdenhar o espírito reconciliador e apaziguador apresentado pelo Presidente da República, com claro intuito de subestimar, uma vez mais, a profundidade da mensagem contida nessa alocução.

Para além da grave crise política susceptível de por em causa o regular funcionamento das instituições, no âmbito económico, a situação é muito preocupante porque pouco ou nada se fez durante o 1.º ano de mandato. E sempre que se fala neste sentido, evoca-se o pagamento de salário e o fornecimento regular da corrente eléctrica.

O País não vive apenas com a satisfação destas duas necessidades. Carecemos também de outros investimentos e neste sentido nada foi feito de raiz face aos avultados recursos colocados a nossa disposição.

Caros compatriotas,

Estamos determinados a prosseguir uma via em que a boa prestação de serviço público deve corresponder a uma cultura de exemplo, assente em valores éticos e princípios de probidade, elevação e transparência na gestão da coisa pública.

Convido-vos, finalmente, a analisar atentamente os dados a seguir, para terem uma ideia do nível que atingimos na delapidação da coisa pública no nosso país.

Baseado na Tabela de Operações Financeiras do Estado (TOFE), constatei que no período de Julho de 2014 a Julho de 2015, o Ministério das Finanças geriu os seguintes valores:

  • Provenientes de apoios da Comunidade Internacional – 49 biliões de francos CFA (equivalentes a 83 milhões de Dólares Americanos);
  • Recursos internos gerados pelo Tesouro Público – 60 biliões de francos CFA (equivalentes a 101.7 milhões de Dólares Americanos);
  • Total desse período de um ano – 109 biliões de francos CFA (equivalentes a 94.9 milhões de Dólares Americanos).

Deduzido o valor total dos salários nesse período, mais quatro meses de atrasados, ao montante total de 53 biliões de francos CFA, restará um saldo de 56 biliões de francos CFA.

Pergunto mais uma vez:

  • Em que é que foi gasto todo esse saldo de 56 biliões de francos CFA?
  • Esse montante não poderia ser investido na melhoria dos hospitais, escolas, saneamento básico ou ser canalizado para o sector produtivo, nomeadamente na produção do arroz?

Caros compatriotas,

Entendo que o compromisso da Comunidade Internacional é com o Povo, o Estado e os legítimos representantes das instituições da República.

Temos, por isso, total confiança que a Comunidade Internacional vai continuar ao lado do Estado guineense, das suas instituições e do seu povo, sempre que as decisões de soberania sejam conformes à Constituição e às Leis da República da Guiné-Bissau. Aproveito a oportunidade para, em nome do Povo guineense, agradecer toda a assistência e apoio que os parceiros de desenvolvimento têm prestado na edificação de um Estado de Direito e no combate, sempre inacabado, pelo Desenvolvimento.

 Mulheres e Homens guineenses,

Termino com a esperança de que todos saberemos estar a altura das nossas responsabilidades, desde o Presidente da República até ao cidadão comum, para que os nossos mandatos sejam exercidos «em benefício das gerações futuras, olhando para o nosso amanhã comum e projectando a nossa acção para lá da luta política e dos interesses de hoje».

 

Que Deus abençoe a Guiné-Bissau e ao seu Povo!

 

35 thoughts on “COMUNICAÇÃO À NAÇÃO DO PRESIDENTE JOSÉ MÁRIO VAZ – 12 DE AGOSTO 2015

  1. Que grande mentira. Este descurso só engana os menos cautos. A ver vamos, a luta continua.

  2. Os dados financeiros expostos neste pseudo descurso foram fornecidos pelo BCEAO, em que o seu actual administrador esta inteiramente comprometido no derrube do actual Governo.
    Francamente, as atitudes primarios foram levados as instituiçoes públicas. Que afronta para o povo guineense. Nas proximas eleiçoes que fique claro, nao podemos chamar as pessoas em cima duma palmeira para que nos governe e nos oriente para o desenvolvimento. É o moral da historia. Para a liçao de honestidade e da gestao de coisa pública, nao precisamos da bençao deste homem, certamente, será exemplo para os seus filhos e nada mais. O nosso povo merece respeito, sinceramente.

  3. na verdade, os guineenses precisam de saber essas coisa, eu desde primeira hora fiquei calado para ouvir a sua declaração e depois analisar as coisa, agora pergunto: a lei permite ou não a mudança do presidente da ANP ou não? porque se fomos ver ele não colaborou para poder apaziguar a situação entre o PR e o primeiro ministro…

  4. Tudo isso mostra claro que o problema da Guiné-Bissau não esta nos militares.Todo o problema esta nos políticos.

  5. Concordó tudo con snhr.presidente,è pena que D.s.Pereira,nao ter sentido do estado,primero falta da ética humildad seu prioridad sincronizar con o presidente..

  6. Irás para o inferno com os seus comprasas Mandingas. Estes sim que sao o foco de toda instanilidade em toda a Africa Ocidental. Que este sacrificio e a dor deste povo pese para sempre na sua alma.

    1. Tcherno Balde, quando é que podes sair entre paredes para ver as coisas como elas sao? O culpado disso tudo tem nome “CIPRIANO CASSAMA” que quer ser presidente e diabolizou o quoitado de DSP. O presidente devia é dessolver o parlamento e convocar as eleiçoes anticipadas para neutralisar totalmente os virus. Que te abençoe

  7. A falta de coerência é bem visível, até no seu discurso senhor presidente! O seu discurso, além de nao ser convincente, por ocultar as verdadeiras razões desta sua irresponsabilidade, salienta também a sua incompetência… com todas essas banalidades e futilidades que o senhor evoca no seu dito discurso, o senhor acha agora que, demitindo o primeiro ministro, que eventualmente pode provocar a queda do governo, quando temos em conta q o domingos é o presidente do P.A.I.G.C, esta seria a melhor soluçao para os guineenses??? Ou seria, mais uma vez, o adiamento dos nossos sonhos? ( Bai pá inferno seu demagogo)! Há de pagar pelos seus pecados…. em fim, acredito que havemos de ultrapassar estas fases cíclicas de instabilidades politico-social na Guiné – bisau, criadas pelas sempre crescentes ódios e incompreensões e muitas futilidades de alguns políticos de segunda linha. “Vós incompetentes”!

  8. obrigado sinhor presidente,e desculpa por todo es ma intençao dos que
    provoca este crise.eu como cidadao nao cordo com qualquer que quer
    desoriantar o nosso povo,esse povo presiza de verdade ja somos enganados tanto ja è basta.nos apostamos na governo mas se nao ta honesto com o
    povo que se faça favor nos apoiamos sim mas nao ser manuplados
    com todo respeito primeiro ministro que si comprenda o què verdade.
    porque nao podemos ter justiça com ministros com mao suzas para temos
    um democraçia cartao vermelho para esses pessoas.obrigado Guine Bissau.

  9. Parabéns ao presidente e ao seu gabinete, pelo discurso muito bem escrito.
    Sem erros de português e com uma linguagem clara e de fácil compreensão.
    Pela primeira vez na Guiné vê-se um presidente culto e com visão suficientes para guiar o país.
    Pedimos a Deus que desta vez não impere a Sindrome do Carangueijo no governo guineense, que quando alguém se destaca intelectualmente ao ponto de poder levar o país a evolução, quem está em baixo puxa-lhe de volta a estaca zero. Levando assim todo o país ao retrocesso, infelizmente.
    Que Deus abençoe a Guiné-Bissau. O povo Guineense cansou-se de sofrer.

  10. Este homem vendeu ao dinheiro chines e da droga. Espero que o Interpol ponha todos os focos neste delinguente.

  11. Fiquei baralhado. Ao ler o discurso, fiquei com sensação que o Sr. Presidente da GB, candidatou-se à presidência com ideia de ser primeiro-ministro.

  12. Com este, e mais explicacoes, nao consigo entender a politica embecil dos politicos da guine bissau. O povo guineense ė humilde, mas nunca zombou dessa humildade sempre empurado por otarios. Afinal nao existe crise politica mas, sim crise pessoal que o povo vai pagar. Voceis nao teem vergora na cara nem prudencia no animo, todos os politicos da guine sao(hipocritas, otarios, mentirosos,embecis).

  13. jomav ka bu brinca guineenses tudo pui se sperança na bo, es ano tudo agricultor canta bu nome. sibi um kusa kuma guine tene praga de audio, ku praga de morte! e tem nganadur ku ridur consentra na bu

  14. Em primeiro lugar só quero perguntar ao Sr. Presidente o seguinte:

    83+101.7=94.9? Eu acho que não! Por favor demita, também, o pessoal que elaborou este seu discurso!

    Voltando ao seu Discurso, Sr. Presidente…Vê-se que estava tudo planeado para derrubar este Governo! Confirma-se tudo o que se dizia a este respeito!

    O Sr. só queria recolher/provocar algumas informações o quanto baste para derrubar o Governo! Se não, não havia necessidade de, desde os primeiros meses deste Governo, começar logo com criticas públicas implícitas/explicitas ao Governo de DSP!

    Tudo o que veio depois podia ser evitado se o Sr. não tivesse tomado a atitude de hostilizar o Governo logo no inicio da sua Governação!

    Caro Presidente, para mim o Governo caiu, mas a sua máscara não ficou atrás! Pois tinha tudo para não chegar ao ponto de DERRUBAR este Governo! Como? Podia ter chamado o Primeiro-Ministro, o Presidente da ANP e a Cúpula do P.A.I.G.C. para perguntar onde foram os 56 biliões de francos CFAs…e só depois de não ser convencido, consultaria os partidos políticos com ou sem assento parlamentar, sociedade civil e conselho de estado para depois decidir sobre o derrube do Governo!

    Por outro lado falou dos erros do Governo e seu Chefe, mas não se pronunciou sobre o Desrespeito dos Símbolos Nacionais e Datas Históricas pelo Sr. Presidente, Donativos do Rei De Marrocos e do Presidente da Gâmbia! Não se pronunciou nunca sobre as falcatruas da CCIAS!

    Deus queira que a sua excelência tenha razão! Mas contrário será o seu fim politico neste País! A verdade virá a tona se Deus Todo Poderoso e Misericordioso quiser!

    Que Deus abençoe a Guiné-Bissau e ao seu Povo!

    1. Ó Gabú Sara, se soubessem fazer contas não seriam conselheiros nem intriguistas e muito menos preparariam um discurso tão incoerente como este:

      1- A presunção de inocência é só para Sua Excia José Mário Vaz?
      2- O Governo pode acabar com o Absentismo na Função Pública num só ano?! Coisa que ele não conseguiu combater em 3 anos num simples Ministério!
      3- O processo de adjudicação das Obras do palácio forma transparentes?!
      4- Que explicações é que dá sobre os donativos que a Guiné-Bissau recebeu através da Presidência?

      Enfim…

      1. Talvez o Sr. Olá Gabu Sara é que não percebeu as Contas! Onde é que 83(milhões de dólares) + 101.7 (milhões de dólares) = 94.9 (milhões de dólares)? Talvez o Sr. também precise de voltar à escola primária! Eu não sou Economista como o Sr. Presidente…mas estas pequenas contas não me confundem!
        No entanto, para dissipar todas as dúvidas, aqui tem aquela parte do discurso do Sr. Presidente:
        “Baseado na Tabela de Operações Financeiras do Estado (TOFE), constatei que no período de Julho de 2014 a Julho de 2015, o Ministério das Finanças geriu os seguintes valores:
        • Provenientes de apoios da Comunidade Internacional – 49 biliões de francos CFA (equivalentes a 83 milhões de Dólares Americanos);
        • Recursos internos gerados pelo Tesouro Público – 60 biliões de francos CFA (equivalentes a 101.7 milhões de Dólares Americanos);
        20
        • Total desse período de um ano – 109 biliões de francos CFA (equivalentes a 94.9 milhões de Dólares Americanos).”

        E que tal tenho razão ou não, Sr Olá Gabu Sara?

  15. Começo por dizer como um africano que sou venho desta forma manifestar o meu desagrado com toda a classe politica guineense, está mais uma vez patente a forma como os políticos guineenses gostam de fazer a politica, ou seja, desde a independência daquele país irmão nunca os meus irmãos conheceram verdadeiramente paz, tem sido quedas e mais quedas de todos os governos que lá passaram. Está na hora de uma vez por todas a comunidade internacional interferir seriamente na Guiné-Bissau se não vejamos, é do conhecimento de todos que a relação entre o primeiro ministre e o presidente da república andam azedas já a algum tempo, por outro lado a minha pergunta é, só agora o presidente da república teve o conhecimento de que todo o membro do governo está sobe investigação judicial? Penso que não, daí a minha pergunta, porquê que o presidente deu posse a estes membros do governo?….Termino apelando a prudência, a paz e rezando para que o país não cai-a em conflito armado basta de instabilidade.

  16. Eu não sou Guineense mas sinto profundamente consternado com essa

    situação,Eu li integralmente o discurso do Sr. PR, e estou de acordo que primeiramente se arrume e se faca uma limpeza em casa para que pecados não continuem a sr cometidos contra o POVO GUINEENSE. Nao sei se é verdade ou nao mas EU TAMBÉM NÃO CONCORDO QUE INDIVÍDUOS COM PROCESSOS DECORRENTES NA JUSTIÇA ASSUMA ALTOS CARGOS MESMO QUE A LEI DIGA QUE QUALQUER CIDADÃO É CONSIDERADO INOCENTE ATÉ A PROVA EM CONTRÁRIO. Eu ja me sentia bem satisfeito como a maneira com já circulava a BOA NOTICIA da Guiné aqui na Europa e no mundo mas outra vez problema???? Me poupem com a vossa falta de coabitação Vou ficar enjoado!!!!

  17. Caros compatriota guineense

    Sempre nao a inicio sem fim, tudo o que tem inicio tem fim,

    agora é hora de levar os Juizes a presidencia da republica para fezer justiça,
    Cumprimentos
    Domingos

  18. Nao se podia esperar outra coisa deste Maricas assumido. Talvez é para lhe perguntar donde veio o dinheiro que construi uma casa para o seu namorado. Disto Bissau sabe. A ver a última operaçao que fez no Porto deve ser de anus.

  19. Ultimus akontesimentu pulitiku na Gine-Bisau sa ta dexa-m tristi. —-§—- Nun analizi superfisial i akreditandu na algun paralelismu di solusons konstitusional entri nos Konstituison (kabuverdianu) i Konstituison di nos irmons Bisau-Gineensi, ta parse-m kel li: 1) Povu vota na PAIGC ku xintidu ma Domingos Simões Pereira ta ser Primeru-Ministru; 2) So Povu e ki ten lejitimidadi di tra-l di Primeru-Ministru. Si otu orgon tra-l pabia di se avaliason subjetivu, el ta trai Povu; 3) Povu ta ten oportunidadi di avalia Domingos Simões Pereira di li serka di 4 anu; 4) So ta izisti krizi pulitiku si un orgon koletivu di soberania ka sa ta konsigi disidi sobri asuntu inadiavel ku prejuizus insustentavel pa Gine-Bisau – kuza ki ka sa ta kontese nes mumentu; Purtantu, ka ten krizi pulitiku na Gine-Bisau nes mumentu; 5) Ki ta julga algen pa korupson i kejandus, e tribunal, non Prezidenti di Republika; 6) Ki ta julga Governu pa jeston di dinheru di Stadu, e Parlamentu medianti pareser di Tribunal di Kontas en sedi di aprovason di Konta Jeral di Stadu, non Prezidenti di Republika. —-§—- Prezidenti di Republika ten mesmu lejitimidadi ki Parlamentu i ki Primeru-Ministru – Povu ki eleje-s i debe ser Povu ta des-eleje-s. Si Prezidenti atxa ma algu sta mal, el ta kumunika Povu i Povu ta disidi na devidu tenpu. —-§—- Deus ta abensua Prezidenti di Republika, Primeru-Ministru i Povu irmon di Gine-Bisau!

  20. Muito bem, Senhor Presidente da R.G.B,Jose Mario Vaz, houvi e lee atentamente o seu discurso,nao quero duvidar se ser a verdade mais ,Eu nao sou Juiza,nem Advogada, mais sou uma Agronoma,tendo o meu ponto de vista como cidadao,gostaria de partilhar,as minha ideias; Dialogo e o melhor arma para resolucao dos problemas,mais acontece que a porta tocada para uma eventual busca de solucao, nao funcionou nao sei a razao e as intencoes ,devia testemunhar uma outra instancia, (Partido) ou dizer ao povo, contudo a muita exigencia no segredo do estado mais vindo a situacao a desenvolver para o pior e bom ser comunicativo para evitar muitas culpas no futuro,! pensam que nos povos nao temos olhos para ver e a cabeca para pensar! E justo se tens caso no tribunal deves ir responder e defender a tua inocencia ou sumir as consequencias. Na verdade nao podemos continuar a funcionar sem uma pura JUSTICA,mas tem forma de faze-lo,como o Senhor bem disse a membros do governo com indicios judiciais,porque de defesa do Senhor P.M se caso for verdade, devem responder a lei. tudo isto e o ciclo viciosos dos Guineenses,mais e um PROCESSO , a justica vai funcionar pouco a pouco,sabes os G. gostam de coisas nossas para mostrar que sao H,quando chega a hora de ir a casa grande comeca o corre corre,sendo assim deve tratar como BEBES,ensinando bocadinho bocadinho ate que acostumam,mais desta forma por causa de meia duzia de pessoas foi a razao desta drastica possicao,nos maioria inocentes a pagar males dos outros nao da Senhor ; o mais facil era dizer PM fulano e fulano, nem se for ao publico nao podem estar no governo pela justa causa do bom mandato. ok veja solucao A! AGUA DERRAMOU! mais e agora para nao ter outras demensoes! QUE DEUS NOS PERDOE TODO O MAL ,ABENCOE OS MENTES DOS GOVER. ABENCOE G.B. E O SEU POVO, DESCULPEM SE TEM ERRADO ALGUEM NAO ERA MINHA INTENCAO.

    ISASYMULHER. BAIIIIIIIIII.

  21. Este maricas bem estava no mato grande da sua terra natal a fazer das suas cerominias. TAl como disse alguém de palmeira para a presidencia, pois temos destes presidentes de meia tigela. Um verdadeiro nabo.

  22. Acabou o governo de bandidos! Vaivaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Guiné-Bissau!

  23. Acabou um Governo de bandidos exonorado por um presidente panuleiro e bandido. Este sim que é um bandido, vimos hoje no ditadura de consenso a acusaçao formal deste lacaio que num país civilizado e normal estaria atraz das grades.

  24. Depois do discurso do presidente da republica da guine Bissau,o povo guineense ficou muito abalado porque isso não cola,por isso vamos estar juntos com o primeiro ministro,um pais que tinha electricidade deficitária que não pagava salário ao funcionário publico em tempo e hora,agora que tudo esta num bom caminho as pessoas sentem isso no seu dia a dia porque e isso que as pessoas querem,o povo quer paz,sossego,tranquilidade,sem perturbar a sociedade guineense,presidente da republica porque e isso que você quer,mas não vai acontecer,porque o povo não quer um presidente conspirador não estamos no tempo do Salazarismo não,agora as coisas mudaram…..,um belo sorriso e bom para ti,porque e isso que o povo quer sentir,um sorriso do coração,não um sorriso de cinismo,e nem do nepotismo como você diz! queremos um guine com esperança,que você não quer com o seu povo,porque você quer um povo espalhado por ai como que si fosse onde não temos onde irmos.

  25. EXMO SR PRESIDENTE DA REPUBLICA ; SUA EXCIA SR PRESIDENTE DE ANP ; SUA EXCIA SR PRIMEIRO MINISTRO DA REPUBLICA DA GUINE BISSAU. COM TODO O RESPEITO QUE LHES DEVO COMO SENDO ORGÃO DA SOBERANIA NACIONAL, O MEU CONSELHO E PARA NÃO DEIXAREM CAIR NO ERRO DO PASSADO. OS GUINEENSES JA SOFRERAM MUITISSIMO POR CAUSA DE IGUISMO , ORGULHO , AROGANCIA ETC….EU PENSAVA QUE A MENTALIDADE GUVERNAMENTAL OU DO ESTADO ATUAL ERRA DIFERENTE DO PASSADO . ESPERO NÃO ESTAR ERRADO . MEUS SRS , PENSAM NO POVO GUINEENSE EN PRIMEIRO LUGAR, NO POVO GUINEENSE EN SEGUNDO LUGAR, NO POVO GUINEENSE EN TRECEIRO LUGAR E DEPOES PENSAM NO VOSSO ORGULHO PESSOAL. PARA TERMINAR GOSTARIA DE ACONSELHAR AS PESSOAS QUE VÃO FAZER COMENTARIO PARA O FAZEREM COM RESPEITO E CONSIDERACAO PORQUE DE UMA FORMA OU DA OUTRA OS SRS EM CAUSA SÃO OS TRES MAIORES ORGÃO DE SOBERANIA NACIONAL. DESEJO VOS TODA CALMA , TOLERANCIA , COMPRIENCAO E UMA BOA RELACAO INSTITUICIONAL

  26. Toda essa história tem sentido,porque é na Guiné-Bissau que todos nós nascemos,mas eu pergunto onde está a justiça ?
    Se fomos avaliando em tempo,as histórias sucessivas de governação no nosso país,deparamos com uma escala muito elevado de diferença.
    Existiu no país,não no meu tempo a lei rigorosa sobre a corrupção no aparelho do estado Guineense,é mesma época que tinha instituições de locais verdades,não locais de serviços simuladores e enganosas com o povo guineense,porque agora para detetar a corrupção no aparelho,isso acontece só depois da renuncia,demissão de um funcionário;Enquanto ele funcionário é um perfeito !

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