Ataque terrorista em França: CENTO E QUARENTA PESSOAS MORRERAM EM PARIS

Cento e quarenta (140) pessoas morreram na noite de sexta-feira em vários ataques em Paris, cerca de cem destas numa sala de espetáculos denominado de “Bataclan” onde decorria um concerto de uma banda norte-americana.

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As primeiras notícias surgiram pelas 22:20 locais (21:20 em Bissau), dando conta de várias explosões perto do Estádio de França, onde decorria um jogo de futebol entre as seleções francesa e alemã, e de um ataque com arma de fogo num restaurante.
Pela 01:30 de hoje (00:30 TMG), o número de mortos ultrapassava já uma centena, tendo a maioria morrido num ataque à sala de espetáculos Bataclan, onde à hora dos ataques estavam cerca de 1.500 pessoas a assistir a um concerto dos norte-americanos Eagles of Death Metal.

TOPSHOTS Soldiers walk in front of an ambulance as rescue workers evacuate victims near La Belle Equipe, rue de Charonne, at the site of an attack on Paris on November 14, 2015 after a series of gun attacks occurred across Paris as well as explosions outside the national stadium where France was hosting Germany. More than 100 people were killed in a mass hostage-taking at a Paris concert hall and many more were feared dead in a series of bombings and shootings, as France declared a national state of emergency. AFP PHOTO / PIERRE CONSTANTPIERRE CONSTANT/AFP/Getty Images

Naquela sala viveu-se uma situação de reféns, que terminou com um assalto policial durante o qual foram mortos três presumíveis terroristas.
Os ataques registados em Paris foram conduzidos em sete pontos diferentes da cidade, segundo fonte próxima do inquérito, citada pela Agência France Presse.

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Os sete locais onde se deram os ataques são: Estádio de França, na Gare Du Nord, no restaurante Petit Cambodge, no bar Le Carrilon, no Bataclan Concert Hall, no Belle Equipe Bar, em Les Halle.

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O presidente francês, que na altura dos primeiros relatos estava no Estádio de França, anunciou pelas 00:00 locais (23:00 TMG) que decretou o estado de emergência no país e o encerramento das fronteiras na sequência de “ataques terroristas sem precedentes”.

Entretanto, o governo belga decidiu estabelecer o controlo de fronteiras com a França em estradas, aeroportos e estações de comboio.
O chefe do Governo belga convocou um centro de crise e criou um comité ministerial para realizar as primeiras avaliações aos atentados de Paris.
Os ataques em Paris fizeram com que a Polícia de Nova Iorque ativasse vários protocolos antiterroristas na cidade como medida de precaução.
Os ataques foram condenados por vários países, entre estes os Estados Unidos da América, a Alemanha, Portugal e o Canadá.
O Presidente do Governo de Espanha, Mariano Rajoy, ofereceu “toda a colaboração” dos corpos e forças de segurança espanholas, bem como do executivo a que preside, “na luta sem quartel contra a barbárie terrorista”.
Os presidentes do Conselho Europeu, Donald Tusk, da Comissão Europeia, Jean-Claude Junker, e do Parlamento Europeu, Martin Schulz, afirmaram estar profundamente horrorizados com os ataques. Já o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Junker, afirmou estar “profundamente chocado” com os ataques, que o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, considerou “desprezíveis”.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, condenou os atentados terroristas em Paris e sublinhou que a Aliança está “fortemente unida na luta contra o terrorismo”, o qual, garantiu, “nunca derrotará a democracia”.

Em Portugal, já vários políticos demonstraram consternação com os ataques em Paris, entre estes, os candidato presidenciais Sampaio da Nóvoa e Marcelo Rebelo de Sousa, o secretário-geral do PS, António Costa e os partidos LIVRE e Bloco de Esquerda.
O Presidente da República Cavaco Silva, enviou na sexta-feira à noite um telegrama de Estado ao Presidente francês, François Hollande, expressando a sua “grande consternação” face ao que classificou de “hediondos ataques terroristas” em Paris.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, expressou as condolências e solidariedade ao presidente francês François Hollande e o repúdio de Portugal “de toda a forma de terrorismo” face aos atentados desta noite.
Também o Governo português lamentou na sexta-feira “profundamente” os ataques e disse desconhecer ainda se há vítimas de nacionalidade portuguesa.
Por seu turno, o cônsul-geral de Portugal em Paris, Paulo Neves Pocinho, explicou à Lusa que “ainda é muito cedo” para saber se há portugueses entre as vítimas dos ataques desta noite, mas declarou que “a Embaixada e o Consulado estão de prevenção” e que já contactaram as autoridades francesas.

ATACANTES NO BATACLAN CRITICARAM HOLLANDE PELA AÇÃO NA SÍRIA
Os autores de um dos ataques terroristas na noite de sexta-feira em Paris invocaram a intervenção francesa na Síria para justificar a sua ação, segundo vários testemunhos recolhidos pela AFP e pelo jornal Libération.
“Ouvi os reféns dizerem claramente ‘A culpa é de Hollande. A culpa é do vosso Presidente. Ele não devia intervir na Síria’. Eles também falaram do Iraque”, afirmou uma destas testemunhas, que se encontrava na sala de espetáculos do Bataclan, onde dezenas de pessoas foram mortas.
Vários ataques registados na sexta-feira à noite, em Paris, provocaram pelo menos 140 mortos e pelo menos 500 pessoas ficaram feridas, segundo fontes policiais.
O presidente francês, François Hollande, já anunciou o estado de emergência e o encerramento das fronteiras de França na sequência do que classificou de “ataques terroristas sem precedentes” no país. A segurança nas ruas da cidade foi reforçada com 1.500 soldados.

 

Por: Redacção
O Democrata/Lusa

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