ITÁLIA PERDOA 89 MILHÕES DE EUROS DA DÍVIDA A GUINÉ-BISSAU

O Governo italiano anunciou esta terça-feira, dia 19 de Janeiro 2016, o perdão da dívida bilateral à Guiné-Bissau no valor de 89 milhões de Euros. O ato oficial de assinatura de acordo de perdão da dívida aconteceu no final da tarde de ontem em Bissau, entre o Sub-secretário de Estado de Negócios Estrangeiros de Itália, Mário Giro e o Ministro da Economia e Finanças da Guiné-Bissau, Geraldo Martins.

Segundo Mário Giro, “a Itália está muito engajada pela estabilidade da África ocidental” e o acto de formalização de perdão da totalidade da dívida, representa o relançamento da cooperação entre os dois Estados. Sublinhando a necessidade de estreitar relações nas áreas económicas, políticas,  agroindustriais e defesa e segurança. O diplomata italiano admite que “o terrorismo não está longe das fronteiras da Guiné-Bissau”, por isso destaca a importância de reforçar a cooperação no setor da segurança na luta conjunta a este fenómino que afecta o mundo.

Em gesto de agradecimento, Ministro da Economia e Finanças, Geraldo Martins considerou que o acto representa um marco importante para Guiné-Bissau, dado que, segundo o governante,  acontece num momento em que o país realiza esforços importantes para a consolidação da sua situação macroe conómica, fiscal e ainda os esforços para a criação de condições para implementação do plano estratégico e operacional “Terra Rnca” do governo.

O governante garantiu, por outro lado, o compromisso do governo guineense em utilizar os recursos libertos com o perdão da dívida para financiar o desenvolvimento do país, investindo nos sectores prioritários.

Instado pel’O Democrata a pronunciar-se sobre estado de saúde das receitas fiscais, Geraldo Martins disse que estas subiram de 61 bilhões, em 2014, para 83 bilhões de Francos CFA, em 2015. O governante destaca ainda que com o orçamento [ainda por aprovar na Assembleia Nacional Popular] previsto para este ano, 2016, as receitas podem atingir os 96 bilhões de Francos CFA.

 

 

Por: Alcene Sidibé

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *