UEMOA QUER HARMONIZAR O NÍVEL PEDAGÓGICO DE DOCENTES GUINEENSES

A União Económica Monetária Oeste Africana (UEMOA) quer harmonizar o nível pedagógico dos docentes guineenses, comparativamente a dos respetivos países membros da organização. Para o efeito, dezenas dos professores dos diferentes Centros de Ensino Superior do país analisam, a partir de hoje, 24 de Maio, até próximo dia 28, os métodos de avaliação do Ensino Superior.

O encontro decorre ao abrigo do Projeto de Apoio ao Ensino Superior da UEMOA.
Secretário de Estado do Ensino Superior do Governo demitido, Fernando Dias, reitera que não há nenhum interesse do executivo em pôr em causa o funcionamento de qualquer universidade ou escola, porque “não faz parte da nossa estrutura estar a navegar nessas águas”.

Neste sentido diz assumir com preocupação os desafios de subir os níveis dos docentes guineenses para que possam corresponder aos cursos ministrados no Ensino Superior e sustentar as suas aulas.

Numa clara alusão à crise político parlamentar que levou a queda, pela segunda vez consecutiva, do Governo do PAIGC, o Governante lembra que o Executivo de Carlos Correia já estava a criar uma “assembleia de investigadores”, que permitiria que todos partilhassem o conhecimento num espaço comum, através de uma interação recíproca em diferentes níveis e consequentemente poderem competir e elevar a performance do ensino da Guiné-Bissau para outros patamares.

Na observação do governante em regime de gestão, é inadmissível ter numa universidade ou escola de Ensino Superior professores coordenadores formados em agronomia, por exemplo, a coordenarem o curso da enfermagem superior.
Segundo Fernando Dias, há dois meses atrás, o Ministério da Educação Nacional, na preocupação que tem em relação à área das ciências médicas, convidou os especialistas do Conselho Africano Malgache do Ensino Superior (maior estrutura do ensino superior) e a Organização Oeste Africana de Saúde (OAS) para enviar especialistas para avaliar o sistema do ensino guineense no domínio de saúde.
A propósito, de acordo com Fernando Dias, sete especialistas viajaram para Bissau e receberam informações detalhadas e necessárias sobre o sistema de saúde na Guiné-Bissau.

Emerson Gomes, Coordenador do Gabinete de Apoio aos Docentes da Universidade Lusófona da Guiné, disse a O Democrata que a capacitação de género representa um “desafio necessário no atual contexto” do país, para permitir que os docentes possam estar não só à altura das necessidades do mercado nacional, como o da UEMOA, CPLP e bem como a nível das outras universidades.

Para além da harmonização do nível pedagógico dos docentes guineenses comparativamente a dos outros países membros da organização, o encontro quer ainda melhorar as qualidades em outras áreas como, Saúde, Ciências da Educação, Agronomia, letras e línguas e Ciência Jurídica.

 

 

Por: Filomeno Sambú

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