O Instituto Nacional de Saúde Pública revelou hoje, que entre os dias 17 e 22 de maio foram diagnosticados 16 casos suspeitos, de carbúnculo humano registado na região de Oio, área sanitária de Mansôa, dos quais um morto.
Dados na posse de o Democrata indicam que os casos foram notificados pela instituição, através de um relatório de investigação sobre carbúnculo registado na região, mediante uma coleta de amostras laboratoriais para 15 casos, de sangue e de secreção de feridas.
De acordo ainda com o INSA, também foi realizada a coleta de amostras de carne de vaca defumada, de ossos e do solo (local) onde as vacas mortas foram encontradas.
Em termos de tratamento clínico, o INASA informa que neste momento 5 pessoas se encontram internadas no Hospital Regional de Mansôa em regime de medicação, um tratamento suportado com antibióticos.
Relativamente à descrição epidemiológica, a entidade responsável pela vigilância epistemológica no país, descreve que, o primeiro caso ocorreu a 3 de maio corrente e o último no dia 20 do mesmo mês.
Sem, no entanto, especificar o número exato, o relatório mostra que o maior número de casos foi registado a 13 de maio, depois de um grupo de pessoas pertencentes a uma das tabancas do sector de Mansôa terem comido ou manipulado carne de uma vaca doente encontrada morta no dia 30 de abril do ano em curso.
No relatório de investigação sobre carbúnculo na região traz igualmente relatos de casos suspeitos em 3 tabancas em Cubuntché, Seis casos em Braia, Um em Falan (todas localidades periféricas de Mansôa) e um caso no bairro de São Tomé (centro de Mansoa).
Relativamente às características de 16 casos, 11 eram do sexo masculino e a idade varia de 5 a 55 anos. A faixa etária mais atacada foi a de 11 a 20 anos, destaca o relatório de investigação do INSA sobre casos de Carbúnculo humano em Mansoa, região de Oio.
“Os sinais de sintomas apresentam 94 por cento dos casos suspeitos com ferida na pele, 56 por cento de febre e o resto dos 56 por cento com ferida na pele apresenta característica do Carbúnculo Cutâneo”, refere o documento.
Insiste ainda que quanto às exposições, todos os casos investigados relatam terem comido ou manipulado carne de vaca doente. Os indivíduos entrevistados também referem à presença de vacas doentes ou mortas em suas tabancas, acrescenta.
”O Relatório do INASA divulgado tinha como objetivo, confirmar existência do surto, caracterizar os casos em tempo, lugar e pessoa e propor ainda medidas de prevenção e controlo da doença”, realça a organizaçao.
Carbúnculo ou antraz (em inglês, ‘anthrax’) é uma doença infecciosa aguda provocada pela bactéria ‘’Bacillus anthracis’’. Os casos humanos de carbúnculo devem-se normalmente à contato direto com animais herbívoros selvagens e domésticos infectados, através de com couro, lã ou carne infectados.
Por: Filomeno Sambú



















