O Primeiro-ministro Baciro Djá, afirmou esta quarta-feira 3 de Agosto 2016, que o seu governo tem uma missão histórica de resgatar valores ideológicos e princípios que nortearam a luta de libertação nacional que iniciou com a morte dos mártires de Pindjiguiti.
Falando a’O Democrata na cerimónia comemorativa de mais uma data do Massacre de Pindjiquiti sob lema “3 de Agosto foi, é e sempre será a razão da luta dos trabalhadores”, Baciro Djá disse que data de 3 de Agosto de 1959 é um acto simbólico de demostração dos homens profundamente comprometidos com o povo e o país, onde levantaram-se para dizer basta de jugo colonial na Guiné-Bissau.
“Data de hoje não é para fazer festa, mas sim de reflectir profundamente sobre os que sacrificaram as suas vidas para que possamos ser livres e independentes. Sendo assim, nós decidimos fazer política responsável não para obter dinheiro, mas sim, resolver problemas dos trabalhadores” notou Djá.
Chefe do executivo assegurou neste particular que quer ser campeão da paz para o povo guineense, construindo assim um Estado verdadeiramente democrático e social, contudo reconheceu que a política é um processo muito complicado.
Para o Secretário-Geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné, Estevão Gomes Có informou que é urgente e necessário para que o Estado ofereça melhores condições aos trabalhadores. Gomes Có pediu ao governo para regular e fiscalizar o mercado para o bem dos trabalhadores.
O sindicalista guineense explicou ainda que o baixo nível salarial torna impossível, a acção da convivência entre os guineenses, rompendo assim o tecido e agregação familiar, deixando os valores na rua onde muitos dos nossos irmãos vivem na miséria, fome e na ignorância.
O Presidente dos Marinheiros sobreviventes do Massacre de Pindjiquiti, Estevão Paulo Vieira aproveitou a ocasião para pedir governo no sentido de atribuir uma sede própria para os veteranos de Pindjiquiti e resolver problema do magro salário dos sobreviventes do massacre.
Recorde-se que no dia 3 de Agosto de 1959, os trabalhadores do porto de Bissau, foram brutalmente massacrados pelas autoridades coloniais, registando-se cerca de cinco dezenas de mortos e cerca de uma centena de feridos, por terem reivindicado aumento salarial.
Por: Aguinaldo Ampa
















