O Secretário Nacional do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) anunciou, esta quarta-feira, o desencadeamento de uma luta contra a tirania e a ditadura na Guiné-Bissau.
Aly Hijazi falava ao Jornal O Democrata no ato da deposição de coroas de flores, organizado pelo partido libertador, na praça dos “Mártires de Pindjiguiti”. Aly estabelece um paralelismo entre atual crise política vigente no país e o clima vivido aquando dos acontecimentos de 03 de agosto de 1959.
“Acreditamos que será também desencadeada uma luta de carácter diferente da de libertação, contra a tirania e a ditadura. O massacre de 03 de Agosto de 1959 resultou como resposta à violência, e à repressão colonial, factor determinante para o desencadear da luta de libertação nacional”, lembra o dirigente do PAIGC.
De acordo com Aly Hijazi, este acontecimento trouxe uma nova consciência ao povo guineense para a viragem da página da sua história e suas opções estratégicas.
Na opinião do Secretário Nacional, volvidos 57 anos, ainda há necessidade de responder à violência, à ilegalidade e à repressão que diz estar a ser levadas a cabo no país, e sobretudo contra o PAIGC e os seus dirigentes e em especial contra o seu presidente, Domingos Simões Pereira.
Aly, respondendo à questões dos jornalistas, reafirma que o programa “terra Ranka” é propriedade intelectual do PAIGC, pelo que aconselha Baciro Djá a apresentar seu programa de governação.
Dados históricos disponíveis indicam que, na tentativa de reivindicar melhoria de salários e condições laborais, cerca de cinco dezenas de marinheiros guineenses foram mortos barbaramente no dia 03 de Agosto de 1959, no cais de Pindjiquiti pelos colonialistas portugueses. E em consequência desse acto repressivo, mais de 90 marinheiros ficaram feridos.
Por: Epifânia Fernandes Mendonça
















