O presidente da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Marcel Alain de Souza admitiu hoje, 15 de agosto 2016, que a “Guiné-Bissau vai mal” e pediu o envolvimento de toda a camada da sociedade guineense no diálogo a volta de uma mesa.
O responsável pela Comissão da CEDEAO está no país para uma visita de trabalho com as autoridades nacionais para abordar a situação de bloqueio que envolve as instituições da república, nomeadamente a Presidência da República, o Governo e o Parlamento.
O beninense Marcel Alain de Souza, já teve encontros com o governo e o presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá sobre a situação da crise parlamentar que impossibilitou a apresentação do programa do governo.
De Souza foi recebido na manhã desta segunda-feira no Palácio da República, onde reuniu com o Chefe de Estado José Mário Vaz para analisar a actual situação da crise político parlamentar.
“Apresentamos as autoridades guineenses o novo representante permanente da CEDEAO na Guiné-Bissau, Blaise Diplo Djomad que tem a missão de trabalhar para a instauração do diálogo”, contou o presidente da Comissão de CEDAEO.
Após audiência com o presidente da república, Marcel Alain de Souza disse na sua declaração à imprensa que o papel da instituição que representa é de procurar as condições para que haja o diálogo entre as instituições da república, de forma a permitir que o programa do governo e o orçamento sejam discutidos no parlamento.
“Viemos informar o presidente da república que devemos organizar o diálogo, porque o país não pode continuar a sofrer. Os jovens não têm emprego e não só, como também há muitos problemas. Não queremos um CEDEAO de Estados, mas sim dos povos. E estamos a explorar todas as pistas necessárias para a retoma do diálogo entre as partes, no entanto estamos confiantes que vamos conseguir. Engajamos neste processo para que a paz e o diálogo sejam promovidos, para permitir que a Constituição seja aplicada, que o parlamento possa retomar suas funções, que o Chefe de Estado possa jogar o seu papel e que o primeiro-ministro possa jogar também o seu papel”, assegurou Marcel Alain de Souza.
Por: Aguinaldo Ampa
















