44 MIL PESSOAS VIVEM COM O VÍRUS DO SIDA NO PAÍS

A deputada do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Cadi Seidi, revelou que quarenta e quatro mil guineenses, correspondente a 5,3%, vivem com o vírus VIH/SIDA, de 2018 a 2021.

Dados que, segundo Cadi Seide, colocam a Guiné-Bissau como um dos países com maior número de prevalência do vírus do SIDA na Costa Ocidental da África.

Cadi Seide frisou que a situação “é preocupante” comparativamente às outras doenças sexualmente transmissíveis que se registam e a ganhar terreno na sociedade guineense.

A deputada da bancada parlamentar do (PAIGC) revelou estes dados na sessão parlamentar desta quarta-feira, 01 de dezembro, na qual afirmou que deste número, as jovens raparigas em idades compreendidas entre os 15 e 19 anos são as mais infetadas pelo vírus.

Cadi Seidi salientou que o dia mundial de luta contra o SIDA, comemorado mundialmente todos os anos, deve servir de uma chamada de atenção para todos os guineenses, porque os números revelam que há pessoas viventes de VIH/SIDA no país. Explicou neste particular que anteriormente a Guiné-Bissau tinha uma seroprevalência de 5,1% até 2016/17.

“Estamos a acompanhar com muita preocupação a situação de VIH/SIDA na Guiné-Bissau e demais doenças sexualmente transmissíveis, esses dados chamam-nos atenção para uma reflexão e responsabilidade”, frisou.

A deputada, que também é médica, exortou o Ministério de Saúde Pública e a sociedade em geral, que o país não se pode dar ao luxo de se preocupar apenas com a situação da pandemia de Covid-19 e deixar de lado outras doenças, como: a hipertensão, a tuberculose, e doenças cardiovasculares ou até a malária, que são causas de mortes na Guiné-Bissau.

Segundo os dados do Ministério da Saúde Pública, como referiu a deputada, a maior parte das pessoas que morreram da Covid-19 tinham como doença de base o VIH/SIDA.

Neste sentido, Seidi salientou que a Guiné-Bissau deve repensar a sua atenção no combate ao vírus do VIH/SIDA, desde a forma de nutrição das pessoas seropositivas, devido à debilidade a que estão sujeitas.

Cadi Seidi enfatizou que não é suficiente apenas a compra de terapia antirretroviral, sem se apostar fortemente no método de sensibilização da sociedade guineense para maior prevenção da doença.

“A população deve estar bem informada das formas de transmissão de VIH e o uso de preservativo é necessário”, disse.

A médica frisou que o tabu existente à volta da sexualidade deve ser quebrado para que as pessoas, sem vergonha de serem estigmatizadas, possam se submeter a tratamentos do vírus do VIH.

“Quando a pessoa é vivente de Sida, deve ser aceite tal como pode são aceites outras doenças e tratá-lo”, aconselhou.

A deputada disse que uma sociedade doente não pode contribuir no processo de desenvolvimento da Guiné-Bissau e o país precisa da sua juventude sã, por isso é pertinente investir na saúde, na educação, na produção de alimentação e na infraestruturação do país.

O dia 1 de dezembro é comemorado como dia internacional de luta contra o vírus de VIH/SIDA, uma data instituída pela Organização das Nações Unidas.

Por: Djamila da Silva

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