FRENTE COMUM DENUNCIA VIOLÊNCIA CONTRA SEUS ASSOCIADOS

O Porta-voz da Frente Comum, uma organização sindical que congrega maioria dos professores novos ingressos, Sene Djassi, denunciou que estão a ser vítimas de violência e de ameaças por  instruírem os seus associados a reterem as fichas de avaliação.

Sene Djassi afirmou que os associados da Frente Comum jamais voltarão às ruas para reivindicar, mas usarão outros meios de luta ou simplesmente vão paralisar as atividades de docência na Guiné-Bissau.   

Na manhã desta segunda-feira, 13 de junho de 2022, a organização foi impedida de realizar uma vigília em frente ao Palácio do Governo por forças policiais. A intervenção das forças da ordem resultou no espancamento de dois professores, informou o sindicalista.

De acordo com Sene Djassi, num estado de direito, o direito à manifestação não carrece de uma autorização e mesmo que fosse espontânea, a polícia enquanto entidade responsável para garantir segurança aos cidadãos, deveria manter apenas a ordem, não promover violência contra os manifestantes.

Sene Djassi criticou a atitude do governo, lamentando que os professores novos ingressos colocados em todo o território e nas zonas longínquas do país fiquem nove meses sem receber nenhum salário.

“Tivemos um encontro com o primeiro-ministro e o Presidente da República, ambos garantiram que iriam resolver a situação dos professores, mas até ao momento não recebemos nenhuma resposta satisfatória”, informou, lembrando que as autoridades assumiram no passado dia 30 de maio que pagariam até 10 de junho, dois meses de salários aos professores novos ingressos.  

O sindicalista frisou que a ordem de suspensão da vigília terá vindo do ministério do Interior e disse que o comportamento “violento” da polícia pode impedir investimentos na Guiné-Bissau.

Por: Carolina Djemé

Fotos: CD  

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