
A Guiné-Bissau enfrenta o surto do poliovírus do tipo 2, desde 2021 com três casos registados, dois em Bissau e um na região de Biombo, depois de o país ter sido considerado livre da poliomielite em 2019.
O surto do poliovírus, ou seja, doença de pé mole, ataca as crianças menores de 15 anos de idade, provocando nelas de fraqueza dos membros.
Para estancar a doença, o Ministério da Saúde Pública em colaboração com a Unicef, Iniciativa Global de Erradicação da Pólio (GPEI) e a Aliança Global para a Vacinação (GAVI) promovem, de 22 a 25 de junho de 2022, a campanha nacional gratuita de vacinação contra a Pólio integrada a suplementação com Vitamina-A e a desparasitação com Mebendazol para as crianças de zero aos 5 anos de idade.
Na campanha de vacinação “Pólio Nunca Mais” vai ser introduzida a nova vacina nOPV2, com o objetivo de garantir um crescimento sadio das crianças guineenses, da família e de uma sociedade livre da Pólio.
O poliovírus não tem cura e pode provocar paralisia nos braços e nas pernas das crianças.
Durante a exposição de desenhos realizada no bairro de Cuntum II, o Gestor do Centro de Operações de Emergência Contra Pólio, Fernando Menezes D´Alva, disse que as crianças de zero a cinco anos de idade são mais susceptíveis a desenvolver o quadro clínico, se não forem protegidas.
“Até aos 15 anos, as crianças podem contrair a pólio, por isso tentamos reforçar a imunidade das crianças de zero a cinco anos de idade”, precisou.
Menezes D´Alva afirmou que as equipas de vacinação têm tido mais problemas nos centros urbanos, sobretudo na capital Bissau por existir pais e encarregados que recusam vacinar as suas crianças.
“O novo surto da pólio não é selvagem, mas sim viral. As equipas estão a vacinar com a segunda dose da campanha que começa a partir de amanhã, 22 de junho.

Por: Djamila da Silva
Foto: D. S