
Um dos vice-presidentes da direção do Partido da Renovação Social (PRS) da direção liderada por Fernando Dias da Costa, Mário Siano Fambé, denunciou esta quarta-feira, 04 de setembro de 2024, ter registado a presença e movimentação de elementos estranhos, supostamente armados na sua residência, em Bissau, com terceiras intenções contra a sua integridade física.
Segundo Mário Siano Fambé, o caso ocorreu às três da manhã desta quarta-feira e só deu conta da situação quando esses elementos, que se presume serem estrangeiros, abordaram o seu segurança pessoal.
“Essas pessoas desceram de uma viatura Prado de cor preta. Não sei qual era a intenção deles. Se era para assaltar a minha casa ou assassinar-me. Quando chegaram na residência, encontraram o segurança e perguntaram-lhe onde está Mário Fambé. Este respondeu-lhes que não me tinha visto. A conversa com segurança durou pouco tempo, decidiram voltar sem violar a minha residência”, explicou.
Mário Fambé, que não conseguiu conter lágrimas durante a sua comunicação, pediu que seja sepultado em Finete, a sua terra natal, caso seja morto, para que se sinta honrado.
“É o Estado que temos. O povo guineense está a viver num país sem segurança, mas as pessoas mais vulneráveis em termos de segurança são os políticos, porque o atual regime no poder tem como uma das estratégias, liquidar adversários políticos que contestam a forma que está a dirigir a nação guineense”, precisou.
Em conferência de imprensa realizada na sua residência, no bairro de Luanda, em Bissau, lembrou que o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, tinha dito que uma das estratégias para se afastar de quem te apoia politicamente é acabar com ele fisicamente ou mandá-lo para prisão ou fazer-lhe sair do país para pedir asilo político.
“Não é possível que uma pessoa esteja a dirigir o país desta forma, intimidando toda a franja social”, acusou.
Por seu lado, o presidente do Partido da Renovação Social (PRS), Fernando Dias da Costa, denunciou que neste momento estão a ser preparadas pessoas de diferentes nacionalidades para executar operações e atacar dirigentes políticos nas suas residências, isso “não é normal num estado de direito democrático.
“A Guiné-Bissau é um país sagrado, de maneira que se alguém está no poder e está a usar violência para resolver os seus problemas, no futuro será vítima dos seus atos”, alertou.
“Somos responsáveis pelas formações políticas, mas alguém, por belo prazer, decidiu retirar-nos os seguranças, começando por mim mesmo, Fernando Dias da Costa, Nuno Gomes Nabiam, Braima Camará e Domingos Simões Pereira para depois estar a intimidar as pessoas. Portanto, não vamos admitir que isso aconteça, enquanto dirigentes das formações políticas. Podem enviar pessoas para assassinar-nos nas nossas residências, mas nunca nos remetemos ao silêncio nesta pátria que nos pertence a todos”, sublinhou.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A